terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Pobreza artística

Pobre do artista que vive a imitar a vida
Entre surtos e psicoses, olhares e vozes
Caçando beleza onde não se vê mais
Buscando aquarela nas pálidas páginas dos jornais

Dali pra cá, ele acha um tanto de arte
Daqui pra lá, no inverso, ninguém enxerga nada por toda parte

Pobre do artista que canta o cotidiano
Busca essência onde só há humano
Faz trovas de um mundo vazio,
poesias de rua, ao meio fio

Pobre do artista que aposta nas cores
Que insiste em rimar e cantarolar os amores
Que consegue expressar e poetizar as dores
Que suga beleza do que é só horrores

Da vida que imita a arte, pouca coisa restou
Pobre do artista que por essa poesia se apaixonou

Mas os devaneios desses versos ele já sabe de cor
E dentre todos esses devaneios a vida é o maior

2 comentários:

Unknown disse...

Controlar Amores...
Será q passei os ultimos anos tentando ser artista?!
hahahahahaha

Ah, parceira...

Lindo Lindo
Demorou, mas voltou em grande estilo!

Viva ao Jornalismo Literário

Amo*

Paulinha Barboni disse...

Pobre de nós...